Eu sou de uma aldeia,
sou de um cantinho de charneca do Ribatejo
fica em um vale
é frio de Inverno muito quente de Verão
É a minha aldeia,
o meu pedacinho de Céu
todos uns aos outros nos conhecemos
gentes simples e humildes do campo
muito amamos a nossa aldeia onde vivemos
Dias e dias distante eu passo
em este lado do Tejo, próximo do mar
mas pelo meu cantinho
nenhum dia eu deixo de pensar
Por onde ando a todos
orgulhosamente eu digo que sou aldeão,
vaidoso pela minha terra e as minhas gentes
que no dia a dia trago no meu coração
Eu sou de uma aldeia e de uma vila
que para onde vou, vão comigo
todos da minha aldeia eu conheço
e em cada um deles tenho um amigo
Não há terra como a nossa
na minha aldeia para a vida cresci,
na minha deslumbrante vila do Sorraia
um dia eu nasci
Por aqui andarei não sei até quando
da minha vila e aldeia sou orgulhoso
como tu certamente pelas tuas raízes
és tal como eu um vaidoso
São José da Lamarosa a minha aldeia
Coruche a nossa amada vila de concelho
são sul do Ribatejo
que já miram o vizinho Alentejo
Para a minha aldeia e vila
estas humildes palavras escrevi
sou muito do tudo tanto e tão pouco
em que vós eu já vivi e aprendi
Se não conheces
Coruche e Lamarosa fica desde já a saber
são deslumbrantes recantos de Portugal
onde cresci e onde um dia vim a nascer