Após o dia quente de Primavera que já fez jus ao Verão, a charneca no seu adormecer, vai se refrescado, bebendo a seu tão grande prazer brisa com fragrância a campo com que este anoitecer a beija
Em silêncio sobre silêncio tão barulhado na azafama do pensamento que por aqui esvoaça a seu regozijo embebido em simplicidade da vida, falo comigo, falo com Deus e com todos para onde o meu pensar me leva. A poucos metros distante um coelho aproveitava o refrescar do fim da tarde, mas para o quente da sua toca fugiu com o meu aproximar
No meu caminhar irregular em passos que por aqui dou, a minha mente ensopa-se em equilíbrio emocional bebendo de si e de tão agradável simplicidade da vida. Charneca alheada ao temível dos dias do presente e distante de poluição respira em singeleza sem mascara o seu ar puro e o meu intimo se maravilha com a presença de Deus a encerrar este dia quente na “minha” charneca
Não tarda rumarei à aldeia, ao aconchego de intimo regozijado com este tamanho silêncio tão melodiado em harmonia e paz de espírito, com este sentir e estas humildes palavras que a charneca aqui me escreveu em este fim de tarde. Pois o silêncio no seu verdadeiro conceito só existe quando o sentir da alma e a mente não se deixam enamorar pelo dom da vida e por um humilde pôr de sol
Um abraço amigo